terça-feira, 20 de abril de 2010

Fênix - Jorge Vercilo

Eu!
Prisioneiro meu
Descobri no brêu
Uma constelação...

Céus!
Conheci os céus
Pelos olhos seus
Véu de contemplação...

Deus!
Condenado eu fui
A forjar o amor
No aço do rancor
E a transpor as leis
Mesquinhas dos mortais...

Vou!
Entre a redenção
E o esplendor
De por você viver...

Sim!
Quis sair de mim
Esquecer quem sou
E respirar por ti
E assim transpor as leis
Mesquinhas dos mortais...

Agoniza virgem Fênix
O amor!
Entre cinzas arco-íris
Esplendor!
Por viver às juras
De satisfazer o ego mortal...

Coisa pequenina
Centelha divina
Renasceu das cinzas
Onde foi ruína
Pássaro ferido
Hoje é paraíso...

Luz da minha vida
Pedra de alquimia
Tudo o que eu queria
Renascer das cinzas...

E eu!
Quando o frio vem
Nos aquecer o coração
Quando a noite faz nascer
A luz da escuridão
E a dor revela a mais
Esplêndida emoção...

O amor!
Quando o frio vem
Nos aquecer o coração
Quando a noite faz nascer
A luz da escuridão
E a dor revela a mais
Esplêndida emoção...

Quando o frio vem
Nos aquecer o coração
Quando a noite faz nascer
A luz da escuridão
E a dor revela a mais
Esplêndida emoção
O amor!...(2x)

E das cinzas... ele renasce, belo e imortal, como antes visto...






O amor... comparado a fênix, se apropria de todos os seus atributos, entre eles o de renascer, ser imortal, belo...






Os olhos viram, o coração pediu,
o amor renasceu dentro de mim,
reativando fantasias e desejos
Relembrando a magia de um beijo
Que minha boca jamais esqueceu

Ressuscitando situações de amor vividas
Em meu ser ainda latentes
Tal qual selecionadas sementes
Que julgava mortas mas
estavam só adormecidas

E ao primeiro toque de amor voltaram a brotar
Permitindo novamente desabrochar
Uma vida amorosa até então enclausurada

Foi assim ao encontrar a pessoa amada
E redescobrir nela um alento para o tempo perdido
O amor, da vida o verdadeiro sentido!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Apresento-me a você...


Eu queria ser direta...mas não escrevo para mim.
Escrevo para você.

Gosto de ter o controle do meu caminho.
Mas principalmente o controle sobre mim mesma.
Vigio-me sempre que posso.
Luto contra certos sentimentos, emoções, vontades, desejos....vícios. É tão árduo e cansativo as vezes...parece uma carga pesada demais...mas sei que é o meu jeito de viver.

Bloqueio certos pensamentos e lembranças... até estarem frias o suficiente para que eu as manipule, tiro a parte boa, jogo a parte ruim fora. Mas estou sempre me queimando nessas lembranças e pensamentos... são urubus a espreita do meu menor deslize.
É cansativo... andar sempre no fio da navalha.
Manter a linha, o equilíbrio...

E ainda tem as coisas externas.
O caos.
As necessidades fúteis.
As exigências do mundo.
Ter que fechar os olhas para tanta podridão.
Mas eu nunca fecho...

Tento ser ética.
Tento não magoar ninguém.
Sei pedir desculpas... ser me redimir.
Odeio ser ignorada... e não ignoro ninguém.
as vezes dizem que sumo... Sim, mais sempre volto.

Sou arrogante... de um jeito estranho, mas sou...e luto contra isso.
Tenho meus vícios.
Sou rígida... perfeccionista, principalmente comigo mesma.

Sou sentimental, sensível, sensitiva.
Mas cometo meus deslizes, só que estou pronta para acertar tudo que puder.
Sei me colocar no lugar dos outros.
Sei perdoar, mas também guardo mágoas infinitas.
Coisas que seriam desfeitas com atos bem simples.

Sou uma pessoa ativa.
Odeio a inação.
Odeio quando sou obrigada a não fazer nada...

Sei atropelar meu orgulho.

Isso tudo é uma batalha eterna, é simplesmente a minha vida.
Fico muito cansada às vezes...e me sinto perdida, desnorteada...
Sem um lugar para encostar a cabeça.